domingo, 3 de julho de 2011

Depressão e Sua Origem Genética



Pesquisas recentes da Universidade de Michigan (Estados Unidos) em parceria com a Universidade de Würzburg (Alemanha) mostraram que a depressão pode estar ligada a carga genética do individuo. Ao que tudo indica, o principal responsável gênico pela depressão é o gene 5-HTTLPR.

A Depressão, tão presente atualmente, chegou até a ser comparada com a histeria do sec. XIX, por comportamentalistas. Cada uma delas consideradas o mal de seus séculos, se tornou objeto de estudo de cientistas do comportamento humano em seu tempo. Atualmente, já não se fala em pessoas histéricas, por outro lado pessoas depressivas estão cada vez mais presentes.


Uma discussão que não pode ser ignorada é a de se saber se a Depressão tem origem psicológica ou biológica, o que se percebe é que as duas origens são observáveis. A herdabilidade genética de certos fatores leva a desregulação hormonal, que podem atuar no humor do afetado levando- o a depressão, assim como no caso de muitas mulheres que ao entrar na menopausa chegam a estados depressivos pela falta de alguns hormônios que deixam de ser produzidos. Mas, muito presente também são os fatores psicológicos que levam a esse transtorno, um exemplo é a depressão pós-traumática, que o
corre após traumas, como perda de entes próximos, acidentes, ou acontecimentos parecidos que tenham grande impacto sobre o individuo.


Há ainda, um fator social que, a nível psicológico (e que às vezes conta com fatores genéticos), leva a depressão. O Fator social que lhes falo, é a
culpabilização, ou mesmo sentimento de falta, ou ainda a necessidade de se enquadrar em grupos, uma das crueldades capitalistas, e que atinge principalmente a jovens. O culto ao corpo, talvez seja o mais clássico método de culpabilização que atua sobre jovens que não se enquadram no perfil exigido, jovens que
tenham pré-disposição a obesidade, ou que, mesmo sem pré-disposição, sejam obesos, e que muitas vezes se sentem à margem da sociedade, acabam não conseguindo estabelecer relações sociais e, devido à exclusão, podem desenvolver a depressão.

O que fazer em casos de Depressão


Hábitos saudáveis são imprescindíveis, mas, o mais importante é procurar ajuda especializada, converse com um Psicólogo, procure apoio em seus familiares e amigos, evite o isolamento, procure atividades para ocupar o seu tempo, e pratique a auto aceitação, o que deve pesar na sua vida não é a consciência, mais a felicidade. Como disse Caetano Veloso: “Cada um sabe a dor e a delícia de ser o que é...” Aproveite o que a de bom em viver!

Referência Bibliográfica

Lafer B, Almeida OP, Fráguas R Jr., Miguel EC (editores).

ARTMED, Porto Alegre, 2000.


sábado, 18 de junho de 2011

Introdução a Génetica Comportamental



Olá caros leitores, venho nesta primeira postagem apenas esclarecer um pouco o assunto do qual o blog se trata: “Genética Comportamental”.

Através de um dos trabalhos da minha graduação em Psicologia pude conhecer um pouco mais do assunto, que acabou se tornando tema para este blog (que também é uma proposta de trabalho para a matéria “Recursos de Informática Aplicados a Formação Acadêmica”, ministrada pelo professor e orientador deste trabalho Marco Brandão, da UFF de Rio das Ostras). Quero, porém não apenas passar informações sobre genética do comportamento, sempre as ligando ao método dos gêmeos, como praticamente todo o trabalho desta área o faz. O meu objetivo é mostrar que fatores genéticos também podem e, influenciam no comportamento humano, mesmo que na maioria dos casos, de forma pouco evidente, só que não me prenderei apenas a isto, também trarei informações em nível de curiosidade. Agora sem mais delongas vamos a Genética do Comportamento.

Genética do Comportamento, ou comportamental, é a ciência que estuda os mecanismos genéticos e neurobiológicos e a sua relação com os componentes ambientais, na determinação de certos comportamentos animais. Pode se dizer, que esta é a área mais estreita de ligação entre a Genética e as ciências comportamentais. Todavia, os fatores genéticos não necessariamente levarão ao aparecimento de certos comportamentos, apenas farão com que as pessoas pré-dispostas sejam mais vulneráveis a apresentá-los.

Este “post”, foi apenas uma apresentação superficial do tema, nos próximos trarei mais informações onde as pré-disposições evidentemente alteram o comportamento.

Referência bibliográfica:

On-line, disponível em: http://www.cerebromente.org.br/n14/mente/genetica-comportamental1.html . Acessado no dia 16 de junho de 2011.